Thursday, September 09, 2010

Maestro Brasileiro

Heitor Villa-Lobos se tornou conhecido como um revolucionário que provocava um rompimento com a música acadêmica no Brasil. As viagens que fez pelo interior do país influenciaram suas composições. Entre elas, destacam-se: "Cair da Tarde", "Evocação", "Miudinho", "Remeiro do São Francisco", "Canção de Amor", "Melodia Sentimental", "Quadrilha", "Xangô", "Bachianas Brasileiras" (nas quais se inclui o famoso "Trenzinho Caipira") e "O Canto do Uirapuru".

Em 1903, Villa-Lobos terminou os estudos básicos no Mosteiro de São Bento. Costumava juntar-se aos grupos de choro, tocando violão em festas e em serenatas. Conheceu músicos famosos como Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e João Pernambuco.
No período de 1905 a 1912, Villa-Lobos realizou suas famosas viagens pelo norte e nordeste do país. Ficou impressionado com os instrumentos musicais, as cantigas de roda e os repentistas. Suas experiências resultaram, mais tarde, em "O Guia Prático", uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas.

Em 1915, Villa-Lobos realizou o primeiro concerto com suas composições. Nessa época, já havia composto suas primeiras peças para violão "Suíte Popular Brasileira", peças para música de câmara, sinfonias e os bailados "Amazonas" e "Uirapuru". A crítica considerava seus concertos modernos demais. Mas à medida que se apresentava no Rio e São Paulo, ganhava notoriedade.

Em 1919, apresentou-se em Buenos Aires, com o Quarteto de Cordas no 2. Na semana da Arte Moderna de 1922, o aceitou participar dos três espetáculos no Teatro Municpal de São Paulo, apresentando, entre outras obras, "Danças Características Africanas" e "Impressões da Vida Mundana".

Em 30 de junho de 1923, Villa-Lobos viajou para Paris financiado pelos amigos e pelos irmãos Guinle. Com o apoio do pianista Arthur Rubinstein e da soprano Vera Janacópulus, Villa-Lobos foi apresentado ao meio artístico parisiense e suas apresentações fizeram sucesso.

Retornou ao Brasil em final de 1924. Em 1927, voltou à Paris com sua esposa Lucília Guimarães, para fazer novos concertos e iniciar negociações com o editor Max Eschig. Três anos depois, voltou ao Brasil para realizar um concerto em São Paulo. Acabou por apresentar seu plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com 12 mil vozes. Após dois anos assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística. A partir de então, a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o Curso de Pedagogia de Música e Canto. Em 1933, foi organizada a Orquestra Villa-Lobos.

Villa-Lobos apresentou seu plano educacional, em 1936, em Praga e depois em Berlim, Paris e Barcelona. Escreveu à sua esposa Lucília pedindo a separação, e assumiu seu romance com Arminda Neves de Almeida, que se tornou sua companheira. De volta ao Brasil, regeu a ópera "Colombo" no Centenário de Carlos Gomes e compôs o "Ciclo Brasileiro" e o "Descobrimento do Brasil" para o filme do mesmo nome produzido por Humberto Mauro, a pedido de Getúlio Vargas.

Em 1942, quando o maestro Leopold Stokowski e a The American Youth Orchestra foram designados pelo presidente Roosevelt para visitar o Brasil O maestro Stokowski realizou concertos no Rio de Janeiro e solicitou a Villa-Lobos que selecionasse os melhores músicos e sambistas, a fim de gravar a Coleção Brazilian Native Music. Villa-Lobos reuniu Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Cartola e outros, que sob sua batuta realizaram apresentações e gravaram a coletânea de discos, pela Columbia Records.

Em 1944/45, Villa-Lobos viajou aos Estados Unidos para reger as orquestras de Boston e de Nova York, onde foi homenageado. Em 1945 fundou a Academia Brasileira de Música. Dois anos antes de sua morte, o maestro compôs "Floresta do Amazonas"para a trilha de um filme da Metro Goldwyn Mayer. Realizou concertos em Roma, Lisboa, Paris, Israel, além de marcar importante presença no cenário musical latino-americano.

Praticamente residindo nos EUA entre 1957 e 1959, Villa-Lobos retornou ao Brasil para as comemorações do aniversário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a saúde abalada, foi internado para tratamento e veio a falecer em novembro de 1959.

Monday, December 07, 2009

FLAMENGO HEXACAMPEÃO 2009

Hino Oficial

O Hino oficial do Clube de Regatas do Flamengo tem letra e música de um ex-goleiro do Clube, Paulo Magalhães. Criado em 1920 e gravado pela primeira vez em 1932 pelo cantor Castro Barbosa, foi registrado somente em 1937 no Instituto Nacional de Música.

Flamengo, Flamengo
Tua glória é lutar!
Flamengo, Flamengo
Campeão de terra e mar

Saudemos todos com muito ardor
O pavilhão do nosso amor
Preto e encarnado, Idolatrado
Dos mil campeões, do vencedor

Flamengo, Flamengo
Tua glória é lutar!
Flamengo, Flamengo
Campeão de terra e mar

Lutemos sempre com valor infindo
Ardentemente, com denodo e fé
Que o seu futuro inda será mais lindo
Que o presente
Que tão lindo é

Hino Popular

Com letra e música de Lamartine Babo, e gravado pela primeira vez por Gilberto Alves em 1945, o Hino não-oficial é o consagrado pela nação rubro-negra, que o canta em jogos e conquistas do Flamengo.

Uma vez Flamengo,
Sempre Flamengo.
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar
Seja na terra,
Seja no mar.
Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo,
Flamengo até morrer!

Na regata, ele me mata,
Me maltrata, me arrebata
De emoção, no coração
Consagrado, no gramado
Sempre amado, o mais cotado
nos Fla-Flus é o ai Jesus

Eu teria
Um desgosto profundo
Se faltasse,
O Flamengo no mundo.
Ele vibra, ele é fibra
Muita libra já pesou
Flamengo até morrer
Eu sou.

Thursday, November 26, 2009

CONCEITOS BÁSICOS da Sociologia e Antropologia – Ferramentas para pensar
SOCIEDADE:
organização humanamente fundada ou sistema de inter-relações que articula indivíduos
numa mesma cultura. Todos os produtos da interação humana, a experiência de viver
com outros em torno de nós. Os humanos criam suas interações e, uma vez criados os
produtos dessas interações, têm a capacidade ou o poder reverter sobre os humanos a
fim de determinar ou limitar ações. Com freqüência, experimentamos a sociedade
(organização humanamente fundada) como algo externo aos indivíduos e às interações
que a fundam.
PRODUTOS DA INTERAÇÃO HUMANA – COMPONENTES DA SOCIEDADE
CULTURA:
conjunto de tradições, regras e símbolos que dão forma a, e são encenados como,
sentimentos, pensamentos e comportamentos de grupos de indivíduos. Referindo-se
principalmente ao comportamento adquirido, por oposição ao dado pela
natureza ou pela biologia, a cultura tem sido utilizada para designar tudo o que é
humanamente criado (hábitos, crenças, artes e artefatos) e passado de uma geração a
outra.
Nessa formulação, a cultura distingue-se da natureza e distingue uma sociedade da
outra.
LINGUAGEM:
um sistema de símbolos verbais através dos quais os seres humanos comunicam idéias,
sensações e experiências. Por meio da linguagem estes podem ser acumulados e
transmitidos através das gerações. A linguagem não é somente um
instrumento ou um meio de expressão, ela também estrutura e molda nossas
experiências do mundo e o que observamos ao nosso redor.
VALORES:
idéias que as pessoas compartilham sobre o que é bom, mau, desejável e
indesejável. Normalmente eles são muito gerais, abstratos e transcendem variações
situacionais.
NORMAS:
regras comportamentais ou padrões de interação social. Em geral derivam
dos valores, mas podem também contrapor-se a eles, e servem como guias para
julgamento dos comportamentos individuais. As Normas estabelecem expectativas que
dão forma às interações.
“Cultura. Aqueles padrões de significado que qualquer grupo ou sociedade utiliza para
interpretar e avaliar a si próprio e sua situação.” Bellah e outros, Habits of the Heart
1985:333
“Cultura. Um sistema adquirido e duradouro de esquemas de percepção, pensamento e ação,
produzidos por condições objetivas, mas tendendo a persistir mesmo após
uma alteração dessas condições.” Bourdieu, The Inheritors. 1979.

Wednesday, November 18, 2009

Irish power

O grande destaque europeu nas últimas décadas em termos de crescimento foi a Irlanda, experiência que teve como elemento fundamental a celebração de um pacto social no final dos anos 1980. O sucesso desse pacto social, somado à abertura da economia para a Europa, à ruptura com a libra esterlina, às políticas de atração de investimento direto externo (IDE), aos avanços tecnológicos e a uma melhor organização industrial, produziram, em pouco tempo, uma economia com índices elevados de crescimento, o que lhe rendeu o apelido de "tigre celta".

Entre 1980 e 1990, a taxa média de crescimento anual na Irlanda foi de 3,2%, enquanto a média européia era de 2,4%. Entre 1990 e 2003, quando a média de crescimento anual européia encolheu para 2,0%, a taxa irlandesa foi de 7,7%, a segunda maior em todo o mundo, atrás apenas da chinesa. Antes do boom, a Irlanda já havia desenvolvido alguns dos pré-requisitos para o crescimento rápido: uma força de trabalho subempregada; um estoque de emigrantes com potencial de retorno, na eventualidade de melhores perspectivas de emprego; um amplo abastecimento energético; uma rede de transporte subutilizada; e um serviço público eficiente. Outros fatores que contribuíram para o crescimento econômico incluem a efetividade das instituições relacionadas ao estabelecimento de leis e a profundidade e eficiência do sistema financeiro, além de fatores culturais, como a língua inglesa nativa.

Dados sobre a Irlanda


DADOS PRINCIPAIS:

Área: 70.285 km²

Capital: Dublin
População: 4,10 milhões (estimativa 2007)
Moeda: Euro
Nome Oficial
: República da Irlanda
Nacionalidade: irlandesa
Data Nacional:
17 de março - Dia de São Patrício (padroeiro da Irlanda)
Governo: Democracia parlamentar

GEOGRAFIA:

Localização: oeste da Europa
Cidade Principais:
Dublin, Cork, Limerick, Galway e Waterford.
Densidade Demográfica: 57
hab./km2
Fuso Horário: + 3h
Clima: Temperado oceânico

DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:

Composição da População:

irlandeses 93,7%, ingleses 4,6% , americanos 0,4%, escoceses 0,4% e outros 0,9%.

Idioma: Irlandês e inglês (oficiais) e gaélico.

Religião: Cristianismo 94,3% (católicos 91,6%, Igreja Anglicana Irlandesa 2,3%, presbiterianos 0,4%) e outras 5,7%.

IDH: 0,965 (2008) - elevado

ECONOMIA:

Produtos Agrícolas: trigo, cevada, beterraba, cereais e batata.
Pecuária:
bovinos, ovinos, caprinos e suínos.
Mineração:
chumbo, zinco e turfa.
Indústria
:
produtos eletrônicos e máquinas.
Renda per capita:
US$ 44.676 (estimativa 2007).


Tuesday, November 17, 2009

Guinness

Irlanda - Eire

Também conhecida como Eire, esteve durante muito tempo integrada ao Reino Unido e guarda até hoje influências dessa época. A mais evidente é o uso do irlandês, que é um dos idiomas oficiais do país, assim como o inglês. A terra de Oscar Wilde e da banda U2 ocupa 85% da ilha . O restante do território pertence à Irlanda Norte, província que faz parte do Reino Unido. Vale esclarecer que é nesse trecho da ilha que ocorriam os conflitos entre os católicos separatistas do Exército Republicano Irlandês (IRA) e os protestantes. Alheia a essa disputa no território vizinho, a Irlanda é uma nação pacífica e acolhedora.

Apesar do território pequeno – são menos de 500 quilômetros de extensão de norte a sul e 275 de leste a oeste –, o país é repleto de atrações. A paisagem irlandesa é marcada por campos verdejantes e simpáticas cidadezinhas com prédios medievais. Em Dublin se concentra todo o agito cultural. Ao redor dos balcões dos pubs, onde os irlandeses se reúnem para bater papo com amigos e apreciar uma boa cerveja. Se tiver tempo, acompanhe uma corrida de cachorros. O esporte é muito admirado pelos habitantes.

Com uma população calorosa e jovem (cerca de metade dos habitantes tem menos de 30 anos), a Irlanda só pode desapontar um pouco por causa do frio. No inverno, a temperatura chega a zero grau e, no verão, não passa de 20 graus.

Sunday, January 20, 2008

TRABALHO E VALOR

Trabalho e Valor

A base de cada sociedade humana é o processo de trabalho, seres humanos cooperando entre si para fazer uso das forças da natureza e, portanto, para satisfazer suas necessidades. O produto do trabalho deve, antes de tudo, responder a algumas necessidades humanas. Deve, em outras palavras, ser útil. Marx chama-o valor de uso. Seu valor se assenta primeiro e principalmente em ser útil para alguém. A necessidade satisfeita por um valor de uso não precisa ser uma necessidade física. Um livro é um valor de uso, porque pessoas necessitam ler. Igualmente, as necessidades que os valores de uso satisfazem podem ser para alcançar propósitos vis. O fuzil de um assassino ou o cassetete de um policial é um valor de uso tanto quanto uma lata de ervilhas ou o bisturi de um cirurgião. Sob o capitalismo, todavia, os produtos do trabalho tomam a forma de mercadorias. Uma mercadoria, como assinala Adam Smith, não tem simplesmente um valor de uso. Mercadorias são feitas, não para serem consumidas diretamente, mas para serem vendidas no mercado. São produzidas para serem trocadas. Desse modo cada mercadoria tem um valor de troca, "a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de um outro tipo". Assim, o valor de troca de uma camisa poderá ser uma centena de lata de ervilhas. Valores de uso e valores de troca são muito diferentes uns dos outros. Para tomar um exemplo de Adam Smith, o ar é algo de um valor de uso quase infinito aos seres humanos, já que sem ele nós morreríamos, mas que não possui um valor de troca. Os diamantes, por outro lado, são de muito pouca utilidade, mas tem um valor de troca muito elevado.Mais ainda, um valor de uso tem que satisfazer algumas necessidades humanas específicas. Se você tem fome, um livro não poderá satisfazê-lo. Em contraste, o valor de troca de uma mercadoria é simplesmente o montante pelo qual será trocado por outras mercadorias. Os valores de troca refletem mais o que as mercadorias têm em comum entre si, do que suas qualidades específicas. Um pão pode ser trocado por um abridor de latas, seja diretamente ou por meio de dinheiro, mesmo que suas utilidades sejam muito diferentes. O que é isso que eles têm em comum, que permite a ocorrência dessa troca?
A resposta de Marx é que todas as mercadorias tem um valor, do qual o valor de troca é simplesmente o seu reflexo. Esse valor representa o custo de produção de uma mercadoria à sociedade. Pelo fato de que a força de trabalho é a força motriz da produção, esse custo só pode ser medido pela quantidade de trabalho que foi devotada à mercadoria.

Friday, December 07, 2007

Chuva de vento

Chuva de vento/ "ciberchuva"
De Guto Mello e Heyk Pimenta

Chuva de vento que faz
uma curva na chuva que cai
no solo ...
devoro o cheiro de ozônio
água e cheiro descendo e subindo
de terra molhada
vou longe com minhas palavras
sentado ou andando
levanto-me
que a hora é agora
de batalhar
vou usar esse versículo numa música
nasceu agora
de gargalhadas molhadas insanas
não vou me secar
não
não vou me secar
não tem sentido
nem lugar
amanhã já tá gravado
um javanês vai baixar
dois palestinos vão mixar
Londres vai tocar
na festa a chuva
que eu vi chegando
antes de eu chegar
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