Wednesday, November 18, 2009

Irish power

O grande destaque europeu nas últimas décadas em termos de crescimento foi a Irlanda, experiência que teve como elemento fundamental a celebração de um pacto social no final dos anos 1980. O sucesso desse pacto social, somado à abertura da economia para a Europa, à ruptura com a libra esterlina, às políticas de atração de investimento direto externo (IDE), aos avanços tecnológicos e a uma melhor organização industrial, produziram, em pouco tempo, uma economia com índices elevados de crescimento, o que lhe rendeu o apelido de "tigre celta".

Entre 1980 e 1990, a taxa média de crescimento anual na Irlanda foi de 3,2%, enquanto a média européia era de 2,4%. Entre 1990 e 2003, quando a média de crescimento anual européia encolheu para 2,0%, a taxa irlandesa foi de 7,7%, a segunda maior em todo o mundo, atrás apenas da chinesa. Antes do boom, a Irlanda já havia desenvolvido alguns dos pré-requisitos para o crescimento rápido: uma força de trabalho subempregada; um estoque de emigrantes com potencial de retorno, na eventualidade de melhores perspectivas de emprego; um amplo abastecimento energético; uma rede de transporte subutilizada; e um serviço público eficiente. Outros fatores que contribuíram para o crescimento econômico incluem a efetividade das instituições relacionadas ao estabelecimento de leis e a profundidade e eficiência do sistema financeiro, além de fatores culturais, como a língua inglesa nativa.

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