Friday, January 12, 2007

Um pouco da nossa história !!!

Pensando sobre Antroplogia e religião

Introdução

A UMBANDA é uma religião de cunho espiritualista, ou seja, contato e interferência de espíritos, manipulações mágicas, práticas de cura através dos espíritos, ervas, poções, conjuros, utilização de elementos ou instrumentos místicos, e mediúnicos que se traduzem por ser os instrumento pelo qual a prática religiosa se faz presente, especificamente, a incorporação que agrega elementos de bases espíritas com argumentos de reencarnação herança de Kardec, Africanas , culto aos Orixás e ao espírito dos antepassados cultos aos Pretos-Velhos indígenas, Caboclos, e adquiriu elementos do cristianismo judaísmo como a caridade, o auxilio ao próximo e outros ditos por Jesus Cristo que no sincretismo religioso associação dos Santos Católicos aos Orixás africanos.
Cabe salientar que esses elementos são variáveis e podem ser vistos com mais ou menos intensidade de acordo com a linha doutrinária da casa (Linhas doutrinárias ou Escolas Doutrinárias). Como são muitas as ramificações e suas formas, isso torna difícil agrupá-las em suas peculiariedades, ritos, doutrina, fundamentos, filosofia, práticas. Pretendo olhar de maneira geral os elementos mais comuns a cada ramificação dentro do possível.
O início do movimento Umbandista se coloca entre a primeira e a segunda metade do século XIX, junto ao candomblé. Os negros nas senzalas cantavam e dançavam em louvor aos Orixás, embora aos olhos dos brancos eles estavam comemorando os Santos católicos. Em meio a essas comemorações eles começaram a incorporar espíritos ditos Pretos-Velhos (reconhecidos como espíritos de ancestrais, sejam de antigos Babalaôs, Babalorixás, Yalorixás e antigos "Pais e Mães de senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante África) que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material, àqueles que estavam no cativeiro.



Em alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (índios das terras brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos "Candomblés de Caboclo". Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje. No início do séc. XX surgiram as Macumbas no sudeste do Brasil, mas precisamente no Rio de Janeiro (sendo que também existiam em São Paulo) que mesclavam ritos Africanos, um sincretismo Afro-católico e outros mistos mágicos e influências espíritas (kardecistas). Isso era feito isoladamente, por indivíduos e seus guias, ou em grupamentos liderados pelo Umbanda ou embanda que era o chefe de ritual. De certa forma, com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava no catolicismo, protestantismo, judaísmo ou no espiritismo, era considerado macumba. Virou um termo pejorativo e as pessoas que a praticavam, o que podemos rotular como uma "Umbanda rudimentar", não estavam muito interessadas ou preocupadas em dar-lhe um nome. Porém, o termo Umbanda já era utilizado dentro de uma forma de culto ainda meio dispersa e sem uma organização precisa como vemos hoje. A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda. UMBANDA: Banto - Kimbundo = arte de curar.

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