Pesquisa sobre Samba " incompleta"
Uma pequena parte do que estou pensando atualmente !!!
Através de entrevistas em profundidade, visitas aos locais de socialização, fotografias e por me considerar quase um “nativo” no campo tive dificuldade em me distanciar do objeto de estudo num primeiro momento. Não sabendo a priori como abordar as pessoas e não sabendo como e onde começaria a minha pesquisa. Dúvidas como essa penso eu que todo antropólogo de primeira viagem quando chega ao campo deva passar, tais questões começaram a ser superadas aos poucos quando conversei com um músico de Niterói Bruno Brito que toca violão de 7 cordas e ele afirmara que me colocaria em contato direto com outros músicos, ali percebi que conseguiria fazer a presente pesquisa.
Neste artigo tento dar privilegio as questões performáticas e simbólicas do brasileiro no Rio de Janeiro, pois ela condensa um grande número de dinâmicas e aponta para distintos percursos e indagações que podem estimular a imaginação de outros cientistas sociais. Baseio-me em pesquisa de campo, observação direta, participação em eventos e entrevistas, e em análise de material escrito, como notícias de jornais, panfletos de divulgação e etc.
O que pude notar após estar em campo e que os freqüentadores desses espaços de Samba se organizam, com freqüência, e fazem festas públicas e privadas, visto que na Lapa contemporânea a tendência é cada vez mais organizarem festas de caráter fechado e privado, mesmo que o local seja público os preços cobrados na entrada e o valor da consumação segrega pessoas de certo padrão social, leia-se camadas médias urbanas. Todavia os objetivos: confraternizar, comemorar aniversários, apresentar novas pessoas às redes de amigos apesar do caráter privado privilegia as relações sociais na minha visão de quem anseia ser antropólogo.
Os bares, restaurantes e as casas de música e espetáculo são cenários importantes onde se processa a imagem do Brasil, através da sua música, dança, bebida ou comida.
A interação social se dá através da performance dos músicos e a participação do público é muito importante nessa interação artista e público. Esses elementos simbólicos são resignificados e refeitos a cada dia é como se a música estive em “fase de crescimento”, sendo realimentada a cada dia a cada nova apresentação e a cada diferenciado tipo de público.
Sem dúvida, os artistas brasileiros residentes no Rio de Janeiro têm um papel fundamental na construção e reprodução de imagens do Brasil.
Entre eles encontram-se artistas plásticos, fotógrafos, dançarinos e outros. Destacarei, aqui, apenas o papel dos músicos. A música brasileira atinge regularmente a um amplo público através de diversos meios de comunicação, todavia me deterei a análise dos freqüentes espetáculos ao vivo que acontecem na Lapa.
Conscientes do alcance global do Samba enquanto manifestação cultural, um dos objetivos dos organizadores é dar ao Rio de Janeiro um tom
internacional, único em comparação a outras cidades do mundo. Assim, o Samba se abre a manifestações carnavalescas e é visto como identidade nacional, o que atrai muitos estrangeiros para a Lapa contemporânea, é normal você ver grupos grandes de gringos em eventos de Samba na cidade do Rio de Janeiro.
Seus organizadores pensam a si mesmos como participantes da fundação de um evento que irá além das diferenças étnicas e nacionais, corporificando, esperam, as qualidades universais do Samba. De fato, em todos estes símbolos tem sido um palco para grupos representativos dos estilos de dança e música no Rio de Janeiro e no Brasil.
Percebi no discurso tanto dos músicos como dos freqüentadores que o discurso Gilberto Freyriano está presente nessas casas que visitei, o clube dos democráticos e o complexo de botecos beco do rato falavam em mistura em muitas culturas juntas que o Brasil é lindo por essas características. Todavia em outros momentos o discurso mudava com alguns músicos levando muito a sério o aspecto das raízes e a busca pelo autêntico e o autoral. Essa ambigüidade a qual nos estamos familiarizados pelos nossos temas de estudo é muito gritante também. Por exemplo, o discurso às vezes é um e o comportamento outro.
Queria aqui ressaltar a importância da pesquisa para o entendimento de uma reconfiguração do Samba e do Chorinho e das músicas Brasileiras, é possível perceber essa mudança visualmente, a própria audição da música se torna um pouco secundária no Beco do rato ali parece ser mais um ambiente de socialização de diversos interesses, enquanto que no clube dos democráticos uma boa parte do público para ver o show e apreciar a performance musical e compartilha daqueles símbolos, enquanto que outra parte do público está mais preocupado com a dança.
Através de entrevistas em profundidade, visitas aos locais de socialização, fotografias e por me considerar quase um “nativo” no campo tive dificuldade em me distanciar do objeto de estudo num primeiro momento. Não sabendo a priori como abordar as pessoas e não sabendo como e onde começaria a minha pesquisa. Dúvidas como essa penso eu que todo antropólogo de primeira viagem quando chega ao campo deva passar, tais questões começaram a ser superadas aos poucos quando conversei com um músico de Niterói Bruno Brito que toca violão de 7 cordas e ele afirmara que me colocaria em contato direto com outros músicos, ali percebi que conseguiria fazer a presente pesquisa.
Neste artigo tento dar privilegio as questões performáticas e simbólicas do brasileiro no Rio de Janeiro, pois ela condensa um grande número de dinâmicas e aponta para distintos percursos e indagações que podem estimular a imaginação de outros cientistas sociais. Baseio-me em pesquisa de campo, observação direta, participação em eventos e entrevistas, e em análise de material escrito, como notícias de jornais, panfletos de divulgação e etc.
O que pude notar após estar em campo e que os freqüentadores desses espaços de Samba se organizam, com freqüência, e fazem festas públicas e privadas, visto que na Lapa contemporânea a tendência é cada vez mais organizarem festas de caráter fechado e privado, mesmo que o local seja público os preços cobrados na entrada e o valor da consumação segrega pessoas de certo padrão social, leia-se camadas médias urbanas. Todavia os objetivos: confraternizar, comemorar aniversários, apresentar novas pessoas às redes de amigos apesar do caráter privado privilegia as relações sociais na minha visão de quem anseia ser antropólogo.
Os bares, restaurantes e as casas de música e espetáculo são cenários importantes onde se processa a imagem do Brasil, através da sua música, dança, bebida ou comida.
A interação social se dá através da performance dos músicos e a participação do público é muito importante nessa interação artista e público. Esses elementos simbólicos são resignificados e refeitos a cada dia é como se a música estive em “fase de crescimento”, sendo realimentada a cada dia a cada nova apresentação e a cada diferenciado tipo de público.
Sem dúvida, os artistas brasileiros residentes no Rio de Janeiro têm um papel fundamental na construção e reprodução de imagens do Brasil.
Entre eles encontram-se artistas plásticos, fotógrafos, dançarinos e outros. Destacarei, aqui, apenas o papel dos músicos. A música brasileira atinge regularmente a um amplo público através de diversos meios de comunicação, todavia me deterei a análise dos freqüentes espetáculos ao vivo que acontecem na Lapa.
Conscientes do alcance global do Samba enquanto manifestação cultural, um dos objetivos dos organizadores é dar ao Rio de Janeiro um tom
internacional, único em comparação a outras cidades do mundo. Assim, o Samba se abre a manifestações carnavalescas e é visto como identidade nacional, o que atrai muitos estrangeiros para a Lapa contemporânea, é normal você ver grupos grandes de gringos em eventos de Samba na cidade do Rio de Janeiro.
Seus organizadores pensam a si mesmos como participantes da fundação de um evento que irá além das diferenças étnicas e nacionais, corporificando, esperam, as qualidades universais do Samba. De fato, em todos estes símbolos tem sido um palco para grupos representativos dos estilos de dança e música no Rio de Janeiro e no Brasil.
Percebi no discurso tanto dos músicos como dos freqüentadores que o discurso Gilberto Freyriano está presente nessas casas que visitei, o clube dos democráticos e o complexo de botecos beco do rato falavam em mistura em muitas culturas juntas que o Brasil é lindo por essas características. Todavia em outros momentos o discurso mudava com alguns músicos levando muito a sério o aspecto das raízes e a busca pelo autêntico e o autoral. Essa ambigüidade a qual nos estamos familiarizados pelos nossos temas de estudo é muito gritante também. Por exemplo, o discurso às vezes é um e o comportamento outro.
Queria aqui ressaltar a importância da pesquisa para o entendimento de uma reconfiguração do Samba e do Chorinho e das músicas Brasileiras, é possível perceber essa mudança visualmente, a própria audição da música se torna um pouco secundária no Beco do rato ali parece ser mais um ambiente de socialização de diversos interesses, enquanto que no clube dos democráticos uma boa parte do público para ver o show e apreciar a performance musical e compartilha daqueles símbolos, enquanto que outra parte do público está mais preocupado com a dança.
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